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Divinas Divas

  • Foto do escritor: Sonia Rodrigues
    Sonia Rodrigues
  • 27 de jun. de 2017
  • 1 min de leitura

Fui assistir ao documentário esplendoroso sobre as sete travestis que fizeram história. Elas surgiram para a fama no Teatro Rival, vanguarda nos shows de travestis nas décadas de 60, 70. O filme é um impacto de beleza e júbilo. Júbilo. Acho essa palavra o supra sumo da honradez. Não se queixe e não reclame. Parece que As Sete sobreviveram tão fortes graças à consigna chinesa. Rogéria, Valéria, Jane di Castro, Camille K., Fujica de Holliday, Eloína, Marquesa e Brigitte de Búzios passaram por tempos duríssimos, mas são atrizes, lindas, vitoriosas. Umas com mais sorte no amor, outras com menos, mas todas com glória e fama. Porque o amor depende muito de sorte e circunstâncias.

Às vezes, o que as pessoas chamam de amor é auto engano. Pelo filme, acho que as Divinas Divas não são chegadas a cultivar auto engano. Porque sobreviventes para chegarem a idade delas com júbilo precisam ter lucidez além do talento.

O roteiro, direção e produção são primorosos. É a opção de uma estética “para cima” rara de se encontrar. Seria mais fácil o caminho pela via crucis que travestis enfrentam. Apesar das dificuldades estarem “contadas” uma vez ou outra, no discurso das divas, o tom é o de artistas, não de vítimas. Muita luta, dores, mas, para além de tudo, aplausos, aplausos, aplausos. Emocionante o filme.

 
 
 

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